Catania

O Catania foi fundado no dia 19 de junho de 1908, mas com outro nome. Mudar de identidade, aliás, parece ser uma das principais características desta equipe da região da Sicília. Naquele tempo, se chamava Educazione Fisica Pro Pátria. O time jogava principalmente contra marinheiros de outros lugares que aportassem em Catania. A primeira disputa de um campeonato oficial só foi ocorrer em 1920, quando o time participou da única edição da Coppa Federale Siciliana. . Dois anos depois da fundação, o clube mudou seu nome para Unione Sportiva Catanese.

Enquanto outros clubes italianos jogavam campeonatos mais organizados e considerados de importância maior, como a Série A, por exemplo, o Catania disputava principalmente torneios regionais. Na temporada de 1934/1935, a equipe participou pela primeira vez da Série B, que viria a ser extinta alguns anos depois. Então, mudou de nome mais uma vez: agora era Società Sportiva Catania. O clube jogou nesse nível até ser rebaixada para a Série C.

Então, o clube passou a mandar seus jogos no seu estádio atual Angelo Massimino e nesta temporada 1938/1939, a equipe foi campeã da Série C e conseguiu acesso. Logo, caiu de novo, e então a Segunda Guerra Mundial começava e o Catania mudou novamente seu nome. Associazione Calcio Fascista Catania era como o clube se chamou brevemente neste período. Com o fim da guerra, voltaram a ser o U.S. Catanese.

Na segunda metade da década de 1940, o U.S. Catanese se fundiu com o Elefante Catania e o Virtus Catania para se tornar o clube que é hoje, de nome Club Calcio Catania. Após 3 anos na série C a equipe conseguiu a promoção para a série B ao término da temporada 1948/1949. Na temporada de 1952/1953 o time esteve muito perto de subir para a série A, mas foi derrotado pelo Legnano no último jogo. Finalmente na temporada seguinte 1954/1955 temos a primeira aparição do Catania na Série. Apesar de ter terminado no meio da tabela alcançando o 12° lugar, a equipe foi punida sendo rebaixada devido a problemas financeiros. Entre 1960 e 1966, a equipe siciliana disputou seis temporadas consecutivas na elite do calcio, obtendo por três vezes o oitavo lugar.

A partir daí, o Catania sempre caiu e voltou à divisão principal do futebol italiano. A equipe chegou até mesmo a ser rebaixada em 1973/1974 voltando a sofrer na série C e só conseguiu subir novamente na temporada 1978/1979. Mas escalou todas as etapas para voltar à elite novamente e na edição de 1982/1983 enfim retornou a série A, após uma temporada sofrível. O time ficou em terceiro lugar e teria que disputar um playoff. No jogo contra a Cremonese, em casa, cerca de 40 mil pessoas “invadiram” o estádio para acompanhar a partida. Um jogo histórico para o Catania.

Mas o clube decaiu e voltou a disputar a Série C em 1987/1988. Após seis anos nessa divisão, o time passou por sérios problemas financeiros.

 O clube tornou-se popular durante o final dos anos 70 e início dos 80 quando foi presidido por Angelo Massimino, um dos maiores ícones do futebol italiano naquele período. Massimino conduziu o Catania a seis acessos, dois deles para a Série A, tendo reconstruído o clube após sua exclusão pela Federação Italiana de Futebol (FIGC). Fato ocorrido em 1993, quando o Catania foi expulso do futebol italiano por causa de irregularidades financeiras, após uma longa batalha judicial, a Justiça anulou a decisão e forçou a FIGC a incluir a equipe novamente no futebol nacional. O Catania retornou para Eccellenza, espécie de sexta divisão.Em 1996, o presidente Angelo Massimino morreu num acidente automobilístico.

Sob o comando da família Gaucci, o Catania conseguiu subir para a Série B em 2002. No ano seguinte, o Catania foi o centro de uma polêmica decisão que ampliou o número de equipes na Série B de 20 para 24. A equipe reclamara os pontos de um empate de 1 a 1 contra o Siena, por esta agremiação ter usado um jogador irregular naquela partida. Os dois pontos-extras manteriam o Catania na Série B. Caso fosse mantido o resultado, o clube amargaria a Série C. Após várias decisões a favor e contra o clube, a FIGC decidiu deixar o Catania na Série B, juntamente com os rebaixados Genoa e Salernitana e ainda incluiu a "recém-fundada" Fiorentina. A temporada 2003/2004 foi disputada por 24 clubes. Alguns clubes protestaram contra a decisão e ameaçaram boicotar os jogos do Catania. Na temporada seguinte, o número de clubes diminuiu para 22, ao mesmo tempo que a Série A expandiu de 18 para 20 times.

Em 2004, o clube passou a ser administrado por Antonino Pulvirenti. Com ele, o time rossazzurri voltou à Série A na temporada 2006/2007 com o vice-campeonato conquistado na temporada de 2005/2006 série B, o Catania retornou a Série A após 23 anos e conseguiu se manter até hoje. Em 2007/2008, a diretoria renovou o elenco e conseguiu surpreendentes resultados. A equipe chegou longe na Copa da Itália. Eliminou Triestina, Milan e Udinese e chegou até as semifinais pela primeira vez na sua história, mas foi eliminado pela Roma. O técnico Walter Zenga chegou ao time e mudou o padrão de jogo. O ex-goleiro salvou a equipe do rebaixamento na última rodada no confronto com a Roma que brigava pelo título do calcio em jogo realizado na Sicília.

Em 2008/09, Zenga continuou dando um bom ritmo de jogo para sua equipe. O clube não esteve ameaçado pelo rebaixamento e chegou até beliscar uma vaga na Copa da Uefa na metade da competição. No fim da temporada, Zenga deu adeus ao clube e foi para o rival Palermo. Em 2009/2010 o time siciliano voltou a figurar na 13ª posição sob o comando do técnico Gianluca Atzori demitido no primeiro semestre de 2009 e seguiu com Sinisa Mihajlovic no comando da squadra tendo como destaque o argentino Maxi Lopes, que jogou apenas a metade do campeonato marcando11 goals.

As cores da equipe são o vermelho e o azul claro, o vermelho representa o Elefante (mascote do clube) e o azul o céu. As cores foram adotadas em 1929, quando ainda se chamava Società Sportiva Catania. O seu pricipal rival é o Palermo, com quem disputa a primazia na região da Sicilia.

Diretoria

• Presidente
  Antonino Pulvirenti
• Vice presidente
  Angelo Vitaliti
• Amministratore delegato
  Pietro Lo Monaco
• Diretor esportivo
  Giuseppe Bonanno

Departamento Técnico

• Treinador
  Marco Giampaolo
• Auxiliar técnico
  Fabio Micarelli
• Treinador de goleiros
  Marco Onorati, Emilio Tuccella
• Preparador físico
  Roberto Peressutti
• Gerente de futebol
  Orazio Russo
• Medico 
  Mauro Sammarco, Francesco Riso, Alfio Scudero
• Massagista
  Salvatore Libra, Carmelo Cotroneo, Giuseppe Dispinzieri
• Treinador do time primavera
  Salvatore Amura